Não existe consenso sobre a classificação da endometriose. O sistema mais utilizado é o da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM). Este sistema foi concebido com foco no impacto na fertilidade e não necessariamente no impacto na qualidade de vida das doentes. A endometriose é classificada em quatro estágios, dependendo da localização, extensão e profundidade dos implantes e das aderências da endometriose.

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• Estágio 1, endometriose mínima (5 pontos ou menos), também designada por endometriose peritoneal superficial
  As lesões são pequenas e superficiais. O tecido cicatricial é mínimo ou inexistente.

• Estágio 2, endometriose ligeira (entre 5 e 15 pontos), endometriomas
  Mais lesões e tendem a localizar-se mais profundamente dentro do tecido. Pode haver algum tecido cicatricial, mas geralmente ainda não há inflamação.
   

• Estágio 3, endometriose moderada (entre 16 e 40 pontos), também conhecida como endometriose infiltrativa profunda
  Presença de implantes múltiplos e profundos de endometriose. Pode haver endometriomas ou cistos de chocolate nos ovários. Estes cistos formam-se quando os implantes circundam os ovários e, quando sangram, deixam sangue velho e castanho que se acumula numa cápsula que pode crescer e pode ser muito doloroso quando esta cápsula vaza o sangue. Estas faixas de tecido cicatricial podem “fundir” os órgãos, ou seja, “colar” os órgãos, que perdem assim a sua mobilidade.

• Estádio 4, endometriose grave (superior a 40 pontos) ou endometriose da parede abdominal  
  A infertilidade nesta fase deve-se muito provavelmente à distorção da morfologia da parede abdominal. Caracteriza-se por implantes numerosos e profundos. Os implantes podem estar nas trompas de Falópio e nos intestinos. As aderências da endometriose podem ser espessas e profundas e causar dor intensa. Pode haver cistos numerosos e/ou grandes nos ovários e entre o útero e o reto.

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